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Enfermeiros do Samu de Juazeiro do Norte denunciam atrasos no pagamento e más condições de trabalho

Os salários de dois meses entre março e maio ainda não foram pagos, segundo denúncia anônima recebida pelo g1. Profissionais prestam serviço por meio de cooperativa.

Ambulância Samu-192 — Foto: Divulgação

Ambulância Samu-192 — Foto: Divulgação

Os enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Juazeiro do Norte estão com pagamentos atrasados desde março, segundo denúncia anônima recebida pelo g1 Ceará.

A fonte, que prefere não ser identificada, disse que os profissionais prestam serviços por meio de uma cooperativa, a Coaph (Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar) e recebem por meio do regime de competência. “A cooperativa sempre alega que é a Sesa (Secretaria da Saúde do Estado do Ceará) que não faz o repasse (dos valores). Assim, seguimos com as contas acumulando juros”.

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Em nota, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Ceará (Samu 192) disse que os contratos estão em processo de ajuste, conforme nova titularidade, após extinção da Funsaúde.

“O Samu Ceará 192 ressalta que o recurso financeiro está garantido, cujo pagamento à cooperativa será realizado logo após a conclusão do processo de ajuste dos contratos, o que deve ocorrer na primeira semana de junho”.

Em última atualização, o Samu disse ao g1 que os recursos para os pagamentos já foram repassados para a cooperativa ainda na tarde desta quarta-feira (31).

g1 tentou entrar em contato com a Coaph através do e-mail e telefones institucionais, mas não obteve retorno.

Não é a primeira vez

Ainda de acordo com a denúncia, os atrasos são comuns, mas, neste mês, a situação ficou ainda mais complicada. A fonte informou que os profissionais ainda não receberam os salários referentes ao período de 21/03 a 20/04 e ao período de 21/04 a 20/05.

“Tenho vários colegas que estão passando necessidade mesmo, sem condições de ir trabalhar, pois não tem como abastecer os veículos e pagar passagem. Tenho colegas que estão sob ameaça de serem despejados pois estão sem pagar aluguel, colegas que tiveram água cortada”.

Segundo a fonte, o vínculo com a empresa é precário, já que a equipe não tem direito a férias, 13° salário e vivem em condições de “insalubridade”. “Prestamos um serviço de qualidade e de suma importância à população, mas nem o valor pelo que trabalhamos estamos recebendo”.

O problema não acontece apenas com os enfermeiros. Técnicos de enfermagem e médicos também estão com salários atrasados, disse a fonte ao g1.

“Não temos as mínimas condições de trabalho, rotinas exaustivas, vários colegas afastados do serviço por doenças adquiridas no trabalho. O sentimento de desvalorização é coletivo mas todos têm muito medo de se pronunciar”.

Entenda

O regime de competência aponta que, independente da data do pagamento ou recebimento dos valores de uma receita ou despesa, ela será registrada na data e no mês exato da transação efetuada.

“Aqui a gente recebe do dia 21 de um mês até o dia 20 do outro. Exemplo: no mês de janeiro recebemos o valor referente ao período de 21/11 a 20/12”, exemplificou.

Outra fonte anônima também relatou sua situação: “Esse atraso vai acarretando contas que a gente deixa de pagar, juros de cartão de crédito e de cheque especial, pegar dinheiro emprestado com um parente, deixar o nome ser negativado. Nos causa um desespero”, disse ao g1.

Além da questão salarial, a rotina de trabalho também preocupa pela exaustão.

“Não tem muita ambulância e a gente fica matando de trabalhar para ajudar a população. Só queria ter reconhecimento e meu salário”.

o Ceará no g1

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