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Parque do Cocó vai passar por plano de recuperação após incêndios, em Fortaleza

Os trabalhos vão durar um ano e terão custo de R$ 500 mil. A princípio, o foco vai ser as áreas atingidas nos incêndios de janeiro de 2024 e em 2021.

Incêndio atinge área de mata do Parque do Cocó, em Fortaleza — Foto: Arquivo pessoal

Incêndio atinge área de mata do Parque do Cocó, em Fortaleza — Foto: Arquivo pessoal

Localizado em Fortaleza, o Parque do Cocó, maior parque natural urbano do norte e nordeste brasileiro, vai passar por um plano de recuperação de áreas incendiadas. Os trabalhos devem durar um ano, com custo de R$ 500.658,00. O “Restaura Cocó” foi lançado neste sábado pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas.

A princípio, o foco vai ser as áreas afetadas nos incêndios de janeiro de 2024 e em 2021. No começo deste ano, uma área de mais de 10 hectares foi destruída por chamas que duraram cinco dias para serem controladas. Em 2021, foram mais de 46 hectares afetados pelo fogo.

“Quando cheguei em Fortaleza, na década de 1980, começou a criação do Parque do Cocó. Contudo, só depois [em 2017] foi garantida a legalidade da área do Cocó. Este patrimônio representa a garantia de termos qualidade do ar para quem aqui vive e visita. A cidade sentiu a fumaça se espalhando em seu território. Heróis e heroínas colocaram sua vida em risco para a proteção do Parque e da cidade. Isso nos alertou para a discussão científica para restaurar adequadamente o Parque do Cocó”, disse Elmano no lançamento do plano.

O plano de recuperação busca entender como a dinâmica do Parque atualmente é afetada pelas barreiras físicas (diques, canais, entre outros) geradas no Cocó por salinas que existiam na área e foram desativadas até o início da década de 1980. A partir daí serão implementadas as ações de restauro ecológico.

“Essas estruturas físicas, durante essas décadas, impediram que a regeneração natural ocorresse a contento. Então, por exemplo, a área que sofreu o incêndio é um brejo que se forma durante o período de chuva. Lá, agora, a água está na cintura, toda a área que foi incendiada virou um grande lago. Isso cria um capim. No segundo semestre, o capim seca e vira combustível para incêndios”, explica o biólogo, professor e coordenador do Cientista-Chefe para o Meio Ambiente na Sema, Luís Ernesto Arruda.

Governador do Ceará, Elmano de Freitas lança o programa "Restaura Cocó", para recuperar áreas incendiadas do Parque do Cocó, em Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/SVM

Governador do Ceará, Elmano de Freitas lança o programa “Restaura Cocó”, para recuperar áreas incendiadas do Parque do Cocó, em Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/SVM

O plano foi elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema) com a participação de técnicos da pasta e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), de pesquisadores do Programa Cientista-Chefe e agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.

Dentre as medidas que serão aplicadas no “Restaura Cocó” estão:

  • Batimetria e modelagem da hidrodinâmica (batimetria é o estudo e análise das superfícies subaquáticas, sejam elas fundos de rios, lagos ou outros corpos d’água);
  • Topografia e aerofotogrametria;
  • Recuperação hidrológica com abertura de canais;
  • Plantio de mangue;
  • Acompanhamento da regeneração natural;
  • Manejo ecológico da área de brejo
  • Implementação de ações de gestão democrática e participativa

    Por g1 CE

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