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Manifestações agrícolas na Alemanha persistem contra aumento de impostos

Milhares de agricultores alemães, acompanhados por tratores e caminhões, protestaram em Berlim contra o aumento de impostos previsto no orçamento de 2024. A Associação Alemã de Agricultores criticou a retirada do subsídio ao diesel, alegando ameaça à competitividade e à existência de pequenas e médias empresas do setor

Após uma semana de intensas manifestações em todo o país, a Associação Alemã de Agricultores convergiu para a capital alemã nesta segunda-feira (15), enchendo as ruas em torno do Portão de Brandemburgo. Cerca de 10 mil agricultores, acompanhados por aproximadamente 5 mil tratores e caminhões, uniram suas vozes em prol da isenção de impostos sobre veículos agrícolas e florestais, bem como da manutenção do apoio governamental ao diesel, vital para o setor.

Em comunicado, a organização criticou  o aumento de impostos para a agricultura previsto no orçamento alemão de 2024, destacando a ameaça à competitividade e à existência dos agricultores e das pequenas e médias empresas de transporte. O Ministro das Finanças, Christian Lindner, subiu ao palco em frente ao protesto, dirigindo-se à multidão de agricultores.

“Não posso prometer mais ajuda estatal do orçamento federal”, afirmou. “Mas podemos lutar juntos para garantir mais liberdade e respeito pelo seu trabalho.”

No entanto, a presença do ministro não foi recebida unanimemente. Manifestantes descontentes vaiaram Lindner, alguns gritando “mentiroso” e pedindo a deposição do atual governo.

Manifestações varrem a Alemanha por uma semana

As manifestações, que tiveram início em 8 de janeiro, tomaram todos os 16 estados alemães ao longo dos últimos 7 dias. A principal causa das manifestações foi a retirada do subsídio ao diesel utilizado pelos agricultores no novo orçamento, resultando em significativo aumento nos custos de produção de alimentos no país e inviabilizando grande parte da atividade do setor — em especial dos pequenos e médios produtores.

Anteriormente, os alemães pagavam 1,485 euros por litro de diesel, com um subsídio de 0,21 euros, em relação ao preço original de 1,70 euros por litro. Os agricultores bloquearam entradas de rodovias e vias urbanas, demonstrando sua insatisfação com o plano do governo de eliminar gradualmente a redução de impostos sobre o diesel agrícola, em vigor há mais de 70 anos

Diante do repúdio, o governo alemão, em 4 de janeiro, anunciou um acordo para manter os descontos sobre máquinas agrícolas, além de estabelecer que os subsídios à gasolina serão reduzidos progressivamente. Ainda, o governo descartou a abolição planejada da isenção fiscal sobre veículos automóveis para os agricultores, bem como os incentivos fiscais para veículos novos.

Apesar das concessões, a Associação Alemã de Agricultores optou por manter os protestos, culminando na manifestação desta segunda-feira.

João Pedro Magalhães·15 de Janeiro de 2024 às 15:29·

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