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Idoso desaparecido por mais de 40 anos reencontra a família no interior do Piauí: ‘a gente achava que ele estava morto’

O homem vagava há quatro dias em Pedro II, no Norte do estado, quando foi encontrado pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

Francisco Olímpio dos Santos, de aproximadamente 61 anos de idade, reencontrou a família após mais de 40 anos. O idoso era considerado desaparecido e foi encontrado por equipes das Secretarias de Assistência Social e de Saúde de Pedro II, no Norte do Piauí.

A família, que é de Croatá, no estado do Ceará, soube do paradeiro do idoso por meio das redes sociais e chegou à Pedro II na quarta-feira (30) para reencontrá-lo.

Ao g1, a secretária municipal de assistência social, Andréia Santos, contou que moradores acionaram o órgão depois de observar, por cerca de quatro dias, o idoso vagando na zona rural do município e pedindo água e comida nas casas da região.

Com a informação, a equipe de abordagem social localizou o idoso. Ele estava aparentemente desorientado, com sinais de desidratação e sem documentos, e foi levado ao Hospital Josefina Getirana Netta, onde recebeu atendimento.

Segundo a secretária, Francisco tentou sair do hospital e inicialmente se recusou a dar informações pessoais. Porém, com o apoio da equipe que o acompanhava, ele informou, na terça-feira (29), o próprio nome e o nome de familiares. O idoso disse ainda que era natural de Croatá, a 53 km de Pedro II, o que ajudou no compartilhamento da situação na internet.

Ajuda da tecnologia

Idoso desaparecido por mais de 40 anos se reencontra com a família no interior do Piauí — Foto: Reprodução

Idoso desaparecido por mais de 40 anos se reencontra com a família no interior do Piauí — Foto: Reprodução

A mobilização para encontrar os parentes do idoso chegou à Francilene Bezerra dos Santos, de 36 anos, no Ceará, que achou o sobrenome semelhante ao da família.

“Eu vi a postagem e achei parecido o sobrenome e perguntei à uma prima se ela conhecia alguém com aquele nome. Entrei em contato com a assistência social de Pedro II e a minha prima me ajudou a enviar os documentos da família para confirmar [o parentesco] com o pessoal “, contou a mulher, que descobriu ser sobrinha de Francisco e nunca havia o conhecido.

De acordo com a sobrinha, a data exata do desaparecimento de Francisco é indeterminada.

A família pensava que ele estava morto, porque ninguém sabia por onde ele estava. Aparentemente, ele não foi registrado”, relatou.

Com a confirmação do parentesco, Francilene e o pai dela – cunhado de Francisco, viajaram ao Piauí para encontrar o idoso. Segundo a sobrinha, o tio se emocionou ao encontrar os familiares e aceitou voltar para a cidade natal.

“Quando a gente chegou no hospital, ele perguntou se a gente poderia dar carona para ele ir para Parnaíba [no litoral do Piauí], porque disse que estava cansado de andar. Eu disse que ele não ia mais andar, que seria cuidado pela irmã dele. A saúde mental dele demonstra que ele é uma pessoa que precisa de cuidados, que ele não pode estar andando no mundo. Ele é uma criança no corpo de homem”, contou Francilene.

Francisco agora está na casa da irmã, mãe de Francilene, em Croatá (CE).

“Quero agradecer ao pessoal dessa casa. Já passei o dia, já comi, agora vou dormir um sono sossegado de noite. Vou morar aqui por uns dias”, disse em vídeo enviado ao g1.

“Agradeço muito a Deus pela bondade que fizeram ao meu irmão. Muito obrigada a todo o pessoal de Pedro II”, completou Lúcia, irmã do idoso.

Segundo a família, o próximo passo é providenciar a documentação de Francisco.

Francisco agora está na casa de sua irmã, Lúcia, no Ceará. — Foto: Reprodução

Francisco agora está na casa de sua irmã, Lúcia, no Ceará. — Foto: Reprodução.

Por Eduarda Barradas*, g1 PI

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