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Diretor da Anvisa diz que agentes foram constrangidos ao tentar notificar atletas argentinos

No “Bem, Amigos!”, Alex Machado Campos afirma que funcionários chegaram com antecedência ao estádio e foram impedidos de autuar os jogadores antes do jogo Brasil x Argentina.

Convidado do programa “Bem, Amigos!” desta segunda-feira, no SporTV, o diretor da Anvisa, Alex Machado Campos explicou o imbróglio que culminou na suspensão do jogo entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.

Segundo Alex Machado Campos os funcionários foram constrangidos nos corredores do estádio e impedidos de notificarem os atletas argentinos Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero. Veja tudo no vídeo acima.

– Nós chegamos em Itaquera às 15h. Uma hora antes do início do espetáculo. Se os jogadores tivessem sido apresentados à Anvisa… Porque nosso servidor se deslocou de Guarulhos com uma guarnição da Polícia Federal, e começou aquele movimento de constrangimento. A palavra mais correta de constrangimento. Tentando notificar os jogadores, entra em uma sala, sai de uma sala. Aguarda a autoridade. Espera. Em uma tentativa clara (dos argentinos) de dar o fato como consumado.

Ainda de acordo com o diretor da Anvisa, a intenção era segregar os atletas antes do início do confronto, o que não foi possível por impedimento de membros da delegação argentina.

– Na verdade, a Anvisa queria segregar os quatro jogadores, que estavam com ações reiteradas de descumprimento e de abuso da legislação brasileira e levá-los ao aeroporto, que ficariam segregados lá também. Nós temos feito isso com outras situações, de pessoas que chegam em Guarulhos e segregamos em uma área restrita no aeroporto e, às vezes, leva um ou dois dias para o voo de repatriação ou deportação dessas pessoas. Tudo isto em bom tom, tom humanitário e civilizado. Nós estamos em um momento de exceção, que o mundo todo está com muita cautela. Mas esta foi a medida de combate, de bom senso, de segregação de jogadores. E era óbvio que isso não impediria, como não impediu, que todos os procedimentos em vista da investigação e atuação dos jogadores, sob o ponto vista de vista sanitário e penal acontecesse.

Após as declarações, Galvão Bueno afirmou que o depoimento de Alex Campos era uma resposta ao que aconteceu durante o jogo, e o diretor da Anvisa concordou.

– Durante todo o dia, o comentário era: por que a Anvisa não autuou antes? Ele acaba de dizer, e pela primeira vez isto fica muito claro. Eles foram constrangidos e impedidos de exercer o seu trabalho – disse Galvão.

Fifa notifica CBF, AFA e Conmebol

A Fifa abriu uma investigação a respeito da suspensão da partida entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. A informação foi publicada pelo Uol e confirmada pelo ge. A CBF foi notificada. A entidade que comanda o futebol mundial também pediu informações à Conmebol e à AFA.

A CBF agora tem um prazo inicial de seis dias para o envio de documentos e informações para a sua defesa. A investigação da Fifa é sobre uma possível violação do artigo 14 de seu Código Disciplinar, que diz respeito a partidas abandonadas ou que não foram concluídas.

Qualquer infração ao artigo prevê multa mínima de 10 mil francos suíços (R$ 56 mil) e “medidas disciplinares adicionais”, caso a partida não seja remarcada. A intenção da Fifa é ter um desfecho rápido sobre o caso.

Ainda nesta segunda, a entidade emitiu uma nota oficial na qual sinalizava tal investigação. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou que o que aconteceu em São Paulo foi uma “loucura”.

– Vimos o que aconteceu com o jogo entre Brasil e Argentina, dois dos times mais gloriosos da América do Sul. Alguns oficiais, policiais e seguranças entraram em campo após alguns minutos de jogo para tirar alguns jogadores. É uma loucura, mas precisamos lidar com esses desafios, essas questões que vêm em cima da crise do Covid – disse Infantino, em um vídeo gravado e exibido durante a reunião da ECA (Associação Europeia de Clubes).

Até o momento, a CBF emitiu duas notas oficiais a respeito do tema. Na primeira, horas depois da suspensão da partida, ela lamentou o episódio e se mostrou surpresa com a atitude da Anvisa.

Nesta segunda, a entidade reiterou que informou a AFA a respeito das restrições sanitárias vigentes no Brasil e confirmou que os argentinos estavam cientes das irregularidades dos quatro jogadores (Emiliano Martínez, Buendia, Romero e Lo Celso). Segundo a Anvisa, o quarteto omitiu que esteve no Reino Unido nos últimos 14 dias, que obrigaria uma quarentena na chegada ao Brasil.

A estratégia da CBF é se isentar da responsabilidade da interrupção do jogo. Em campo, o técnico Tite reiterou aos jogadores que permanecessem no gramado da Neo Química Arena, em um sinal de que estavam dispostos a jogar. A decisão de não seguir com a partida veio dos argentinos, que não iriam adiante sem três titulares, Emiliano Martínez, Romero e Lo Celso.

Documentos obtidos pelo ge mostram que no sábado, véspera do jogo, a AFA pediu formalmente ao Ministério da Saúde, à Casa Civil e à Anvisa a liberação dos quatro atletas. A resposta final, com a negativa do Ministério da Saúde, foi assinada eletronicamente no domingo 50 minutos antes do início da partida

Após a suspensão da partida, a delegação argentina retornou a Buenos Aires ainda na noite de domingo. Os quatro jogadores foram liberados nesta segunda-feira e vão voltar aos seus clubes: o goleiro Emiliano Martínez e o meia-atacante Buendia ao Aston Villa, e o zagueiro Romero e o meio-campista Lo Celso, ao Tottenham.

Nesta quinta-feira, o Brasil recebe o Peru na Arena Pernambuco, às 21h30, e a Argentina pega a Bolívia no Monumental de Núñez, às 20h30.

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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