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Brasil sai do “Top 10” de países estratégicos para grandes empresas multinacionais

Em meio a este cenário global marcado por conflitos, o Brasil enfrenta uma competição acirrada com economias como Índia e China, que demonstram vitalidade e resiliência consistentes

Relatório revela que o Brasil não figura mais entre os “top 10” países considerados estratégicos para o crescimento das grandes empresas multinacionais. A 27ª Pesquisa Global com CEOs (Global CEO Survey), conduzida com aproximadamente 4,7 mil líderes empresariais de 105 territórios, apontou que o Brasil agora ocupa a 14ª posição no ranking, uma queda significativa em relação à quarta posição ocupada em 2014. O relatório foi divulgado durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, na segunda-feira (15).

A China, por sua vez, manteve-se próxima, indo de 23% para 21%. Chama atenção o aumento de 11 pontos percentuais na fatia de CEOs que não mencionaram nenhum país como destino de crescimento. Os Estados Unidos (EUA) também experimentaram uma redução nas menções entre as pesquisas para 2023 e 2024, passando de 40% para 29%embora ainda liderem o ranking.

Apesar de não estar entre os 10 países mais mencionados pelos CEOs para crescimento em 2024, o Brasil ganhou mais destaque entre líderes empresariais de países sul-americanos, como Uruguai, Argentina, Chile e Venezuela, enquanto perdeu visibilidade entre CEOs de Portugal e Espanha.

A pesquisa também revela uma mudança otimista entre os CEOs em relação ao crescimento global, com a proporção de líderes empresariais otimistas dobrando de 18% para 38%. Essa mudança reflete uma visão mais positiva sobre a desaceleração da atividade mundial nos próximos 12 meses, que caiu de 73% para 39% entre os respondentes do Brasil e de 73% para 45% globalmente, embora ainda supere a fatia dos que preveem aceleração.

Marco Castro, sócio-presidente da PwC Brasil, ressaltou que o Brasil ainda detém potencial na transição para uma “economia verde”, na produção de alimentos, na transição energética e em investimentos em infraestrutura. Ele destacou que, em meio a um cenário global marcado por conflitos, o Brasil enfrenta uma competição acirrada com economias como Índia e China, que demonstram vitalidade e resiliência consistentes.

“Hoje, 50% do mundo está em conflito ou envolvido em conflito de alguma forma. Sobram 50% onde há alguma oportunidade de investimento, mas, dentro disso, metade oferece baixos retornos. Sobram, então, alguns que têm mais a agregar e o Brasil está aí dentro”, afirmou em entrevista ao Valor Econômico.

Há também um otimismo em relação ao crescimento da própria economia brasileira: a média global é de 44%, e o Brasil segue com 55% enxergando uma tendência de aceleração para os próximos 12 meses. Apenas os líderes empresariais da China e Índia são mais otimistas com seus próprios países, entre 59% e 89%, segundo o relatório.

“A inflação sempre assombrou mais o Brasil do que outros países, que não tinham essa memória inflacionária. Agora, essa inflação se mostra controlada, as taxas de juros estão caindo, o Brasil vê esse horizonte de investimentos para as empresas”, completou Castro.

Rhuan C. Soletti·16 de Janeiro de 2024 às 16:08·

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