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Árvores com mais de 50 anos na reitoria de universidade são atacadas por besouro metálico e correm risco de cair, em Fortaleza

As larvas do inseto são conhecidas por fazer buracos nas bases de grandes árvores, o que causa a queda delas.

Besouro metálico é encontrado em árvores da Reitoria, e UFC determina a poda das plantas. — Foto: Viktor Braga (UFC)/Lamartine Soares (Acervo pessoal)

Besouro metálico é encontrado em árvores da Reitoria, e UFC determina a poda das plantas. — Foto: Viktor Braga (UFC)/Lamartine Soares (Acervo pessoal)

O besouro metálico foi encontrado em duas árvores da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, no Bairro Benfica, em Fortaleza. As plantas têm aproximadamente 50 anos, conforme a instituição. Assim, a UFC determinou a poda e outros procedimentos para evitar a queda das plantas, consideradas histórias pela instituição.

As larvas do besouro metálico são conhecidas por comer a base de grandes plantas, o que prejudica o tronco, causando a queda. Na UFC, o inseto foi localizado em duas sumaúmas. Em Fortaleza, duas mungubeiras de grande porte caíram na mesma rua, no Bairro Aldeota, e o inseto foi localizado em ambas.

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A UFC disse que o aparecimento do besouro no local foi observado já em 2022, durante ações de monitoramento realizadas pela Prefeitura Especial de Gestão Ambiental (PEGA), vinculada à Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental (UFC Infra). Desde então, aumentou a presença do besouro, para o qual não há predador natural em áreas urbanas nem inseticida capaz de eliminá-lo.

Posteriormente, surgiram sintomas da presença das larvas no interior das árvores, como gomose (substância que a planta produz como forma de reação), desprendimento de casca, pequenos furos no tronco e perda intensa de folhas.

Nas últimas semanas, após nova análise, os técnicos da UFC Infra atualizaram o laudo de avaliação de risco, que determinou a necessidade de uma intervenção, a ser iniciada nos próximos dias.

“A principal solução em árvores afetadas pelo besouro metálico é a supressão, sobretudo quando se atesta que a infestação está em estágio avançado. Mas quando encontramos uma espécie de importância ambiental e social muito grande, que está presente ali há muito tempo e é um símbolo daquele espaço, como as sumaúmas, tentamos segurar ao máximo”, explica Lamartine Soares, assessor técnico em manejo de arborização da PEGA.

Prevenção de queda

Larvas do besouro metálico podem causar quedas de grandes árvores. — Foto: Leonardo Jales/Arquivo pessoal

Larvas do besouro metálico podem causar quedas de grandes árvores. — Foto: Leonardo Jales/Arquivo pessoal

O objetivo da intervenção é basicamente reduzir o risco de queda das árvores e fortalecê-las para aumentar seu tempo de vida. Entre os procedimentos que serão adotados estão o reequilíbrio de copa, por meio de podas corretivas, bem como a retirada de galhos secos e de plantas trepadeiras presentes no topo das árvores, a fim de reduzir o peso que elas precisam suportar.

“Além disso, vamos fortalecer esses indivíduos investindo em nutrição, através de endoterapia. Ou seja, vamos injetar nutrientes diretamente nos vasos condutores dessas plantas para fortalecê-las”, declarou Soares

“Também vamos aplicar a técnica de mulching vertical, que consiste em perfurar o solo a 20 centímetros de profundidade e adicionar composto orgânico, que tanto é rico em nutrientes como em fungos e bactérias benéficas ao solo. Assim, melhoramos a biota do solo e, consequentemente, a planta vai ganhar com isso”, complementou.

Também será feita a retirada de material danoso dos troncos, como pregos e hastes colocados no passado.

“Essa intervenção em específico vai ser muito importante, porque vamos fazer o que chamamos de poda de salvamento. Nossa preocupação é manter e preservar as árvores do local e prolongar a vida das mesmas”, comentou o superintendente da UFC Infra, Renato Guerreiro.

Besouro metálico na UFC

Reitoria da Universidade Federal do Ceará, no Bairro Benfica, em Fortaleza. — Foto: UFC/Reprodução

Reitoria da Universidade Federal do Ceará, no Bairro Benfica, em Fortaleza. — Foto: UFC/Reprodução

Na Reitoria, apenas as duas sumaúmas foram afetadas pelo besouro. No entanto, em outras áreas da Universidade, mais casos já foram identificados e todos vêm sendo monitorados.

Para evitar que o problema se estenda a outras árvores de um determinado local, o primeiro passo é evitar o plantio de espécies mais vulneráveis ao inseto, como mungubeiras, baobás e chichás, além das sumaúmas.

A UFC possui uma política de arborização que prevê a valorização de espécies nativas, mais resistentes a pragas como o besouro metálico. Outro passo é identificar e monitorar as árvores mais suscetíveis à presença do besouro, para que, quando possível, elas sejam substituídas ao longo do tempo, sempre de acordo com a legislação e com as devidas compensações ambientais.

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