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Análise: Fluminense se reinventa em sua própria formação e vai às oitavas de final com muito mérito

Com Caio Paulista e Gabriel Teixeira nos lugares de Kayky e Luiz Henrique, o time ganhou uma recomposição mais forte pelos lados do campo com dois jogadores com mais fôlego para atacar e defender. E nas laterais, colocou Samuel Xavier e Egídio, alas que têm por características o apoio, enquanto Calegari e Danilo Barcelos são mais defensivos. Essa combinação foi um casamento perfeito contra o River, tanto pela esquerda quanto pela direita.

Mas não foi só a troca de peças que fez o time ficar mais uma vez competitivo. Houve ainda uma mudança de posicionamentos de Roger para dar certo: Nenê, que vinha jogando mais perto da área, como um segundo atacante, foi recuado para a linha de meio de campo, marcando baixo e passando a construir as jogadas de trás. E Yago, apesar de um bote errado no início que gerou contra-ataque, também evitou subir a marcação para não correr riscos.

E ainda teve uma outra e sensível variação, desta vez visando o ataque: o posicionamento de Fred. O camisa 9 passou a sair mais da área, para abrir espaços para os pontas e meias, e virou um “falso 10” na criação das jogadas. Foi assim que o Fluminense abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com seu centroavante trocando as finalizações pelas assistências (só para contar, o passe para o chute de Yago no travessão também foi dessa maneira).

Foi um primeiro tempo de manual, onde praticamente tudo funcionou. Na volta do intervalo, o time mudou sua postura para reativa, afim de explorar um contra-ataque para matar o jogo. Mas aí Roger demorou a mexer, principalmente depois que Maidana foi expulso aos 21 minutos e deixou a partida à feição para a velocidade tricolor. Só que o técnico só foi substituir Nenê por Cazares aos 38, não colocou o talentoso Kayky em campo e manteve o desgastado Gabriel Teixeira até o final. Por outro lado, foi esperto ao tirar quem já tinha cartão amarelo para evitar que a arbitragem “compensasse”.

Mesmo com a pouca ofensividade do segundo tempo e menor posse d ebola (37%), o Fluminense terminou o jogo com mais finalizações que o River (13 a 11) e mais chances de gol (7 a 4). Obviamente que os jogadores argentinos recém-recuperados da Covid-19 possam ter sentido o ritmo depois de 10 dias de quarentena, mas só quatro dos 11 titulares em campo estavam nessa condição (no segundo tempo, entraram mais três dos infectados e saiu um).

Não só pela vitória maiúscula no Monumental de Núñez, mas pela campanha, o Fluminense se classificou com muitas méritos e chegará forte nas oitavas de final, que serão disputadas só após a Copa América, nas semanas dos dias 14 e 21 de julho (o sorteio dos confrontos será no dia 1º de junho). Com a vaga na bagagem, os jogadores desembarcaram na madrugada desta quarta-feira no Rio, terão o restante do dia de folga e se reapresentam na tarde de quinta no CT Carlos Castilho. No sábado, às 21h (de Brasília), o Flu estreia no Campeonato Brasileiro contra o São Paulo no Morumbi.

Por Thiago Lima — Rio de Janeiro GLOBO ESPORTE 

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